segunda-feira, 7 de junho de 2010

Poço de Velharias

Provei a incursionar, mais uma vez, num sono já dormido e relembrado. Tornei ao pó rudimentar e passei a enxergar, a um olhar meio empoeirado, um poço de tantas velharias. Encontrei uma moca, daquelas italianas que usávamos pra fazer o café, um violão, algumas canetas e tantas cartas já envelhecidas com letras borradas - não sei se de lágrimas ou do tempo. Sacudi mais a cachola e achei, inundado pelas águas daquele poço, Klimt que adornava as paredes, teus óculos antigos, pesantes, ferrujados, enegrecidos, mas tão bonitos, que lhe engrandeciam os olhos. E por fim, lá estava, uma fotografia já quase rasgada pela Efemeridade - nunca por mim seria -, que restaurei às devidas velhas fôrmas. Era tão gostoso aquele nosso cotidiano...

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