Era um fim de tarde brando e a brisa se deparava levemente contra a minha janela, fomentando uma tenra sensação de frio. O sol se esvanescia e os azuis do céu manavam em diferentes tonalidades, alaranjados, esverdeados, róseas. Ao passo que os meus olhos se deparavam com aquela desavinda chuva de cores, a esperada penumbra portava-me uma costumeira crise. Faltava-me o costumeiro álcool e o costumeiro cigarro, porém - o que levou-me então, a m'afundar aos poucos. Joguei-me na cama, olhos pesados de exaustão, corpo nu de figurinos, rostos desvestidos de maquilagem. Eu, nítida e genuína.
Foi aí então que me senti vazia.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
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Vazio que perturba, gostaria de preenchê-lo com um abraço.
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